É incrível como somos superficiais nas nossas relações. É bem possível que eu passe mais tempo como meu celular, meu computador do que com a minha família e amigos. Percebo que estamos num mundo que se destaca por ser um mundo da "solidão disfarçada". Solidão disfarçada justamente porque as pessoas vivem numa solidão acreditando que vivem conectadas ao mundo.
É notório como as pessoas vivem conectadas em "redes sociais". E está aí um conceito a ser pensado: Rede social. A rede social é vista como um lugar virtual em que as pessoas podem se comunicar com várias pessoas ao redor do mundo. Porém é interessante que muitas vezes falamos nas redes social, aquilo que nós não somos ou não temos coragem de dizer pessoalmente, ou melhor, dizemos coisas, transmitimos mensagens que nunca seriam proferidas por nós, se não estivéssemos numa rede social.
Um período que este fato é muito perceptível nas redes social, no Facebook, e que muito me irrita, é o período pré eleitoral. Muitas pessoas são descaradamente enganadas e pior acreditam piamente que estão certas. Pessoas ficam defendendo um político como se fosse os doutores da razão. E se você encontrar essas pessoas na rua, elas não terão a coragem de abrir a boca para falar de política, porque o que sabe, sabe daquilo que a Televisão porcamente os informou. Ou seja, sabe o estrume que foi colocado dentro da casa dela pela TV. Ou seja, fala-se o que não se sabe.
Percebo que estamos numa época de uma grande evolução tecnológica, de um grande ignorância intelectual, e de uma grande distanciamento de uma minima efetiva relação pessoal. A rede social torna-se cada vez mais menos pessoal.
Então, cabê refletirmos até que ponto estou me deixando levar numa superficialidade nas minhas relações? Como estou me relacionando com os meus familiares? Com os meus amigos? Estou tendo diálogo? Estou tendo formas de manter uma conversação amigável? Ou estamos nos isolando, diante de telas coloridas achando que estou vivendo dentro de um mundo maravilhoso?
Prof. Esp. Jeferson A. Spindola
